fonte: G1
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Saúde Capital, propôs à Justiça que o município volte a administrar o atendimento dos leitos do CTI pediátrico do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, que atualmente é gerido pela organização social (OS) Cejam. A ação foi protocolada na quinta-feira (30).
O CTI pediátrico foi fechado em 14 de fevereiro e ficou inoperante durante 5 meses, até a reabertura no dia 28 de junho em uma unidade não hospitalar. O atendimento, de acordo com documento do MP-RJ, é precário, “especialmente em relação à estrutura física e à carência de profissionais especializados”.
Na denúncia há também informações sobre desperdício de dinheiro público. O Hospital Municipal Souza Aguiar teria investido R$ 320 mil em aluguel referente aos leitos mesmo nos meses em que eles não funcionaram. Na rede privada, a economia poderia ser de R$ 40 mil em relação à OS, de acordo com o Ministério Público.
A promotora Luciana Soares Rodrigues, que assina o documento, diz que as crianças internadas no local correm risco de vida. “Além destes fatos, uma inspeção realizada em julho no CER Centro constatou que o ingresso de material limpo e esterilizado se dá pelo mesmo local de saída do material infectado, o que propicia a proliferação de agentes biológicos e bactérias multirresistentes, aumentando os riscos de infecção hospitalar, o que pode levar as crianças internadas a óbito”, escreveu.